O
que tem uma coisa a ver com a outra?
Explico!
Há uma preocupação de nossos mestres doutores em explicar para
nós, os graduandos, a diferença e a correlação entre ética e
moral, e para isso nos apresentam filosofias de teóricos aceitos
pelo meio acadêmico como '‘relevantes’' por sua contribuição
para explicar ou definir as diferentes culturas e seus costumes.
Bom,
isso parece bastante complicado, visto que a imaginação deve
acompanhar uma linha de raciocínio, e pensar não é uma prática
das mais simples para a maioria dos estudantes, sendo que muitos só
conseguem algum entendimento após diversas releituras das passagens
mais significativas dos teóricos apresentados.
Vou
dar uma luz sobre o tema deste rascunho, e explicar no que a meu ver,
vai tornar a tarefa dos nossos mestres um pouco mais simplificada, no
que se refere a explicar a relação entre as partes.
Comparando
um pomar, que todos sabem o que é, vou desenhar em sua mente
(desenhe comigo) umas árvores frutíferas, alguns canteiros de
hortaliça, outros de legumes, e alguns arbustos que tem serventia
para fazer chá, umas ramas de chuchu, uma parreira, uma cerquinha de
maracujá, um poço, próximo de um pé de café e uma barraca para a
venda dos produtos aos visitantes; no meio desse pomar existe uma
casinha feita de bambu, que tem umas duas cadeiras de balanço, um
terraço com uma rede, floreira na janela, uma fonte de água para
servir aos pássaros, um galo de ferro no telhado que me mostra a
direção do vento, acima do poleiro que aponta o polo norte, uma
placa de energia solar para fornecer a iluminação necessária, ou
carregar algum celular no modo '‘avião’' (que carrega mais
rápido) enquanto ouve um som de natureza bebericando um chá ou uma
garrafa de suco de uva 'in natura', e se diverte com os peixinhos do
laguinho artificial (carpas ou outro peixinho decorativo) cercado por
uma cerquinha baixa de bambu ou ripa de pinho pintado de branco, com
um passeio de pedras brasileiras incrustadas, que por sua beleza já
levam o visitante a uma exploração paralela, incentivando-o a
retornar a este ambiente sempre que precisar comprar uma alface (por
exemplo); bom, desenho feito, vamos retornar ao assunto do título.
Imaginemos
que nossa (já que você pintou comigo, ela já é nossa), barraca
tenha acima da banca de exposição dos produtos, balançando um
placa de madeira feita artesanalmente, e nela está escrito “ÉTICA”,
então o que está exposto para escolher são os produtos que vão
compor a nossa propriedade, em bandejas simples ou não, que podem
ser de bambu resinado ou trançado, de prata ou de vidro ou
esmaltadas ou cerâmicas e a estas chamemos de “MORAL”.
Cabe
a nós como bons comerciantes que somos, avaliar o visitante ele/ela,
oferecer o que achamos que vai ser do agrado, saberemos identificar a
“cultura” desse visitante, observando seu comportamento, nível
de '‘educação’', se é mais ou menos para um lado ou para
outro, de acordo com suas vestes e seu linguajar empregado.
Para
demonstrar nosso '‘respeito’' ao visitante convidamos-o a
conhecer a nossa propriedade para que ele tenha o direito de escolher
o que mais lhe agrada, ou tentaremos ao máximo que ele se contente
com o que temos a oferecer, os ingredientes das bandejas.
Como
cada indivíduo possui seu próprio senso de ética e moral,
dependendo de uma série de fatores, não ha como afirmar que nossa
propriedade é a melhor de toda a região, e que todas as
propriedades deveriam seguir o mesmo modelo, ter os mesmos produtos,
as mesmas pedras, os mesmos peixes, a mesma música de fundo.
Um
exemplo de ética sem moral, seria convidar freiras para tomar um
suco de maracujá, e depois lhes apresentar a planta, sendo a planta
um pé da espécie pirocujá, isso mesmo confira em:
(http://www.youtube.com/watch?v=dH7qTqfvheA).
Um
exemplo de moral sem ética seria o exercício de servir as frutas
que caíram ao chão.
Existe
um modelo ofensivo em qualquer um dos casos (?), diria que não mas
ou eu aceito e participo fazendo igual, ou eu posso mudar as coisas
um pouco, apresentar a polpa em um copo sem mostrar a casca, ou
limpar o fruto caído antes de o apresentar como 'fruto maduro cai do
pé e é mais doce' o que tornaria ambos aceitáveis.
Creio
ter podido contribuir de alguma forma e com certeza mais para alguns,
de lançar uma luz sobre a 'Tenda do Pomar', nossa ética e moral,
que um depende do outro apesar de serem distintos um não existe sem
o outro, mas ambos podem ter conteúdos e aspectos além de
diferenciados, diferenciáveis, ou seja, podem ser completados, tanto
pelos visitantes, como pelo dono da 'tenda', que necessariamente não
precisa ser o dono do pomar.
Quanto
a casinha? Bom esse é outro projeto que estou desenvolvendo.
fim
Rutilo Rocha
ResponderExcluir16 de abr (Há 1 dia)
para mim (transportado de e-mail)
Olá Uli , Boa tarde!
Li o seu texto sobre seu pomar, sobre como concebeu a sua choupana e os detalhes que se seguiram. Vendo por essa visão bem simplista, acredito que com uma melhora das informações (falta citações), ainda assim será desafiador fazer um comparativo com qualquer outro texto intencionalmente dedicado a tal matéria (ética) pois esse tema, além, de ser a mãe do conhecer, do saber, trafega ainda por outras faculdades mentais humanas e a simplicidade do texto não coaduna com a pluralidade que requer o tema. Boa Páscoa e... no seu pomar tinha coelhos? Não lembro de tê-los colocado no pomar quando nós o construímos. By, by, by